sábado, 26 de junho de 2010

História e Lenda da Beleza do Cabelo


Devemos aos antigos gregos a criação da palavra “Cosméticos”, ela deriva do verbo “Kosmein”, cuja tradução significa enfeitar, adornar ou embelezar, e.este verbo, aparentado na raíz com o substantivo “Kosmos” (mundo. Universo), já nos dá a idéia e entender o eterno desejo, aliás universal, do homem embelezar-se.
Também a palavra ginástica, deriva da língua grega de “gimno”, em pórtuguôs”nu” Já esta consideração etimológica, faz-nos ver, como era a preocupação e o valor que os antigos gregos atribuiam ao cuidado do seu corpo. Esta preocupação incluia sempre o cuidadoso tratamento do cabelo, como nos provam inúmeras estátuas e obras de arte de homens e mulheres, que demonstram tanto bom gosto e fantasia, que ainda hoje podem servir de modelo.

Infelizmente, porém nada ou muito pouco saberemos a respeito dos métodos que permitiram fazer os penteados muitas vezes artísticos mesmos, e como eles seguravam. Nas estátuas, estes penteados, se nos apresentam de rijeza ideal, mas na realidade, não eram tão corretos. Não raras vezes, como consta da antiga literatura grega, jovens passavam longas horas no seu cabeleireiro para pentear-se, frizar e perfumar seus cabelos. Esta vaidade, por vezes sem limite, tinha o seu significado especial, pois até se fala de concursos de beleza entre rapazes.

Outro grande povo civilizado da antiguidade, os romanos, por estranho que pareça, aproveitaram-se dos tratamentos do cabelo. Foi na fronteira dos seus territórios onde descobriu novamente o sabão, como nos conta, Plínio, o velho almirante romano, que correu o mundo, é autor da volumosa “História Naturalís”. E foi também aí, que encontrou provavelmente pela primeira vez, uma massa denominada “Sapo” feita do sebo da cabra e cinza de madeira de Faia. No entanto ninguém se lembrou de lavar-se com esta espécie de sabão. Pelo contrário, serviram-se dela para clarear, ou até corar os cabelos. O clareamento do cabelo, talvez por alcalinos ou outros ingredientes desconhecidos, levou as mulheres romanas de cabelos escuros, a mandar vir das províncias gálicas e germânicas, sabão líquido para os cabelos, ou bolas de sabão. É possível que um outro legionário, voltando das fronteiras bárbaras, trouxesse consigo tais sabões, para oferecer à mulher ou amiga. Esta viu-se então, horas e horas exposta ao sol. Debaixo de um curioso chapéu de palha propriamente dito, só era uma aba. O cabelo assim exposto ao sol deveria branquear-se, sem que o rosto se queimasse, pois uma palidez distinta, era mais apreciada pelas mulheres romanas, do que um moreno campesino. Marcial,o satírico romano, censurou num poema, esta correção violenta do cabelo, escrevendo a uma amiga: “Galha’. o seu toilete compõe-se de cem mentiras pois vivendo em Roma no Rheno enrubesce o seu cabelo. Mas em outra ocasião as palavras do Marcial representam até uma recomendação dizendo: Se você quer trocar os velhos cabelos, grisalhos, não entre porventura calva então tome as priu las dos “Mattiakeros”. Os Mattiakeros eram um povo que vivia ao pé do Taunus (montanha perto do Frankfurt). Também Ovídio, referiu-se ao “Sapo”, e escreveu que considera prejudicial o seu uso para o tratamento do cabelo, provando assim que já naqueles tempos remotos era conhecido o perigo de um conteúdo alcalino, demasiadamente alto de sabão.



Diz-se que, Cleópatra, a genial amiga de César, última rainha do Egito, inventou uma pomada de banha de Urso, para o cabelo, Graças a achados arqueológicos e Relatórios foi possível conhecer as substâncias de tais pomadas antigas: gorduras, resina sorax, cera de abelhas, mas também mel de abelha, César soube sem dúvida apreciar não só o cabelo de sua amiga, untado com banha de urso, como também, era desejo seu, que os soldados se untassem também. O autor das biografias de César, Tuctônio, relata que este grande cabo de guerra costumava orguhar-se de que os seus soldados lutavam bem, quando untados. Queria dizer com isto, que os seus guerreiros, estariam a qualquer altura prontos para lutar mesmo que tivessem de sair no meio de um banquete, ao qual era hábito, assistir com os cabelos e a nuca untados suntuosamente perfumados. Quanto ao homem no início da idade média, é de lamentar que muito pouco se sabe sobre o tratamento do cabelo nesta época. No entanto de quadros e descrições, é-nos permitido deduzir que pelo menos a camada mais categorizada do povo ligou a maior importência a vistosos penteados, tanto para a mulher, como para os homens. No tempo dos Carolíngeos era até comum o uso de entrelaçar com fios de ouro ou de prata os cabelos, fingindo um brilho extraordinário. O exemplo de um avançado tratamento higiênico do cabelo, mediante lavagens, foi-nos legado por um imperador medieval. O boêmio Venceslau, oriundo da casa de Luxemburgo (1364/1419) era adepto da doutrina dos “quatro humores” do médico romano Galeno,e estava convencido de que mediante lavagens regulares da cabeça, seria possível restabelecer “o equilíbrio dos humores” no corpo, e obter boa saúde. Foi ele que tornou honesta a profissão dos antigos barbeiros, conferindo-lhes uma privilégio que lhes permitiam exercer livremente a prática da “lavagem de cabeças’ A sua fiel governanta, Barbara Muffel até foi recompensada graças as excelentes lavagens da cabeça imperial, que executou agradecida com um pedaço de lenho sagrado. Passando do imperador Venceslau para os tempos modernos, podemos verificar com satisfação que os meios de lavar a cabeça e o tratamento do cabelo estão hoje ao alcance de todos os homens civilizados. A cosmética do cabelo, por meio de preparos garantidos e muitas vezes aprovados é hoje absolutamente natural para todos. Os laboratórios de pesquisa esforçam-se constantemente para desenvolver melhores produtos, para todas as necessidades capilares.

SOBRE CABELOS

Os cabelos revelam muitas facetas da pessoa. Principalmente quando a dita é do sexo feminino. Cores e cortes facilitam a leitura do ser, assim como as roupas emolduram o corpo, enunciando significados. A omissão destes artifícios implica na obstrução do ver, inibindo juízos diante dos mistérios que a revelação esconde.

Cabelos são ramificações do “eu” que se derramam no exterior a partir da parte mais sensível do corpo. Dos cinco sentidos de que dispomos para experimentar o mundo, quatro restringem-se à cabeça. E o sexto deve andar por lá também. Apenas o tato é comum a toda pele. Provenientes de local tão visado, os dizeres que melenas ostentam são variados e complexos.



Podem comunicar virilidade e força, como no clássico exemplo do personagem bíblico Sansão. Como sabemos, o pobre é vítima da ardilosa Dalila, que surrupia seus poderes quando tosa-lhe os cachos.

Várias são as crenças que associam o estado monástico com cortes de cabelo. Nestes casos, podem representar uma ruptura com as percepções antigas, auto-imolação [sacrifício de iniciação] ou mesmo o desprendimento no tocante às vaidades.

Raspar a cabeleira também pode atender a alguma necessidade higiênica. Interessantes opiniões skinheads têm a oferecer neste sentido.

Seguindo a linha, podemos mencionar o episódio ocorrido no início do século XIX, envolvendo D. João VI e sua esposa, Carlota Joaquina, quando empreendiam fuga de Portugal rumo às paisagens brasileiras. De acordo com relatos da época, o navio que os transportava viu-se assolado por uma praga de piolhos. Sendo obrigada a raspar a cabeça para conter a propagação dos inconvenientes parasitas, Dona Carlota esconde a careca com lenços e lança moda em Terra Brasilis. Mas Carlota não foi exatamente uma pioneira. Já no Egito antigo a nobreza muitas vezes optava por raspar todo o cabelo e utilizar perucas em seu lugar.



E se o assunto é peruca, a monarquia absolutista sabe muito bem como não ficar para trás. O século XVII adornou muitas cabeças masculinas com perucas brancas e volumosas, enquanto no século seguinte chegou a vez das mulheres extrapolarem: os fios ganharam o complemento de passarinhos empalhados, miniaturas de caravelas e outros tantos, compondo verdadeiras obras arquitetônicas que poderiam chegar a um metro de altura.

Perucas são identidades cambiantes, por isso – em nosso imaginário – muitas vezes vêem-se atreladas à idéia da farsa, do personagem travestido. É complemento artificial [como se os outros não fossem…], o que leva o homem que, de repente, se descobre seduzido por um punhado de cabelos descompromissados a sentir-se ultrajado.

Isto porque cabelos femininos representam, em grande medida, sedução. Pode um homem sentir-se atraído pelo exótico brilho ruivo de misteriosa mulher ou adoecer de amores por nuances castanhas… O preto intenso pode hipnotizar seus sentidos e o loiro… ah, o loiro… Mas deve ser um tanto quanto desestabilizador perceber que o objeto de encanto e conquista não passa de… enfim, mero objeto.

Tamanho é o poder de sedução desta inigualável penugem humana que a história não cansou de passar tesouras a fim de punir prostitutas e adúlteras, além de fragilizar acusadas de bruxaria, como no famoso caso de Joana D´Arc [a donzela francesa, canonizada cinco séculos após tostar na fogueira]. Isto sem mencionar muçulmanos e judeus mais conservadores, que preferem escapar das tentações recomendando o uso de véus.

A História atribuiu aos cabelos o poder feminino de levar tantos homens a perderem o juízo. Nesta lógica, escondê-los é adequado, mas é preciso derrotá-los quando indômitos. Extraí-los equivale à violência de arrancar as presas de um leão. Jogar às ruas mulheres carecas equivale a expô-las à humilhação pública, frisando a verdadeira identidade que supostamente vê-se descoberta.



Mulheres e seus cabelos muitas vezes contam histórias de mal e perdição. Que o diga Medusa, a ninfa que a todos enfeitiçava com seus doces cachos loiros. A bela pagou caro por se meter com quem não devia. Segundo as más línguas, foi a deusa Atena, enciumada, quem transformou a poderosa numa megera de cabelo rebelde. No lugar dos fios, multiplicaram-se cobrinhas nada simpáticas que petrificavam quem as fitasse. Isto sim é que é um estrago. Perto de Medusa, uma cabeça raspada é até consolo.

Alguns dados sobre a histologia da arte do Cabeleireiro.


PENTEADO

Na época de Luiz XIV uma peruca de cabelos humanos, custava de 2.000 a 3.000 francos. Em 1671 uma peruquera francesa inventou um novo tipo de penteado que consistia em pentear com bucles, fortemente enrolá-los e frisá-los em volta da cabeça, a este penteado se deu o nome de Hurluberlu.

A côrte ficou indignada com aquela inovação. A Sra. Sevigne, que em sua carta de 4 de abril daquele ano descrevia de um modo minucioso, como algo pouco inteligente, estava indignada com aquela invenção, mais tarde quando viu a cabeça da Duquesa Sully, a condessa ficou tão entusiasmada com o penteado, que desejou ser penteada da mesma forma. Usava-se também adornar o penteado com flores.

Em 1760, iniciou-se uma variação; o cabelo se levantava sobre a frente formando um alto topete e caía por detrás das orelhas em largos bucles, e caiam macios sobre o colo. Os penteados mais sofisticados requeriam a mão de um cabeleireiro.

O primeiro homem a pentear senhoras em Paris, foi Mr. Frison e compartilhou a celebridade com Sarseneur e Dagé, este último, conhecido especialmente por ter negado a pentear Pompadour.

Segros(Paris) em 1765, publicou uma obra sobre a arte de pentear a cada dama, seguindo-se traços distintos de cada caráter e abrindo ao mesmo tempo uma academia dividida em três partes (classes) aos desejosos de instruir-se nos segredos do ofício, O famoso Segros foi vítima de uma catástrofe em uma festa dada em Paris na ocasião das bodas de Maria Antonieta.

terça-feira, 22 de junho de 2010

PALESTRA POSTURA E ESTILO

Dia: 18/07 - domingo (das 10:00 as 12:00)

Investimento: R$ 120,00

Gisele Yumi Komino, fisioterapeuta, acupunturista, massagista e rpgista, fará no Kami Kami, uma palestra e treinamento para deixar a postura e coluna da melhor forma possível, aliando beleza e elegância. Ela analisará e treinará cada pessoa individualmente.



  
  • Avaliação física rápida: posicionamento de cabeça, ombros e quadril;
  • Marcha correta
  • Andamento com salto
  • Subir e descer escada
  • Como sentar-se
  • Como levantar-se
  • Como manter-se sentada
  • Como manter-se em pé
  • Como carregar bolsa, guarda-chuva, casaco
  • Como vestir e tirar o casaco

Em paralelo, Edna Tomita, visagista, consultora de imagem, hair e make stylist, fará testes para saber seu estilo, formato de corpo e dar algumas dicas para você criar o seu estilo próprio.

  
Trazer: sapato de salto, casaco, bolsa, guarda-chuva, cola e tesoura. Colocar uma roupa de ginástica ou calça e camiseta justa para verificar melhor o corpo.

  
- Se nao houver o número mínimo de 6 pessoas, a palestra será adiada para o mês seguinte. Favor confirmar presença no Kami Kami.

Obrigada e até lá!!!


Contato:
Kami Kami

Rua Baturité, 207 - Aclimação

3277 1549 / 3207 4688 / 9606 4875