sábado, 26 de junho de 2010

História e Lenda da Beleza do Cabelo


Devemos aos antigos gregos a criação da palavra “Cosméticos”, ela deriva do verbo “Kosmein”, cuja tradução significa enfeitar, adornar ou embelezar, e.este verbo, aparentado na raíz com o substantivo “Kosmos” (mundo. Universo), já nos dá a idéia e entender o eterno desejo, aliás universal, do homem embelezar-se.
Também a palavra ginástica, deriva da língua grega de “gimno”, em pórtuguôs”nu” Já esta consideração etimológica, faz-nos ver, como era a preocupação e o valor que os antigos gregos atribuiam ao cuidado do seu corpo. Esta preocupação incluia sempre o cuidadoso tratamento do cabelo, como nos provam inúmeras estátuas e obras de arte de homens e mulheres, que demonstram tanto bom gosto e fantasia, que ainda hoje podem servir de modelo.

Infelizmente, porém nada ou muito pouco saberemos a respeito dos métodos que permitiram fazer os penteados muitas vezes artísticos mesmos, e como eles seguravam. Nas estátuas, estes penteados, se nos apresentam de rijeza ideal, mas na realidade, não eram tão corretos. Não raras vezes, como consta da antiga literatura grega, jovens passavam longas horas no seu cabeleireiro para pentear-se, frizar e perfumar seus cabelos. Esta vaidade, por vezes sem limite, tinha o seu significado especial, pois até se fala de concursos de beleza entre rapazes.

Outro grande povo civilizado da antiguidade, os romanos, por estranho que pareça, aproveitaram-se dos tratamentos do cabelo. Foi na fronteira dos seus territórios onde descobriu novamente o sabão, como nos conta, Plínio, o velho almirante romano, que correu o mundo, é autor da volumosa “História Naturalís”. E foi também aí, que encontrou provavelmente pela primeira vez, uma massa denominada “Sapo” feita do sebo da cabra e cinza de madeira de Faia. No entanto ninguém se lembrou de lavar-se com esta espécie de sabão. Pelo contrário, serviram-se dela para clarear, ou até corar os cabelos. O clareamento do cabelo, talvez por alcalinos ou outros ingredientes desconhecidos, levou as mulheres romanas de cabelos escuros, a mandar vir das províncias gálicas e germânicas, sabão líquido para os cabelos, ou bolas de sabão. É possível que um outro legionário, voltando das fronteiras bárbaras, trouxesse consigo tais sabões, para oferecer à mulher ou amiga. Esta viu-se então, horas e horas exposta ao sol. Debaixo de um curioso chapéu de palha propriamente dito, só era uma aba. O cabelo assim exposto ao sol deveria branquear-se, sem que o rosto se queimasse, pois uma palidez distinta, era mais apreciada pelas mulheres romanas, do que um moreno campesino. Marcial,o satírico romano, censurou num poema, esta correção violenta do cabelo, escrevendo a uma amiga: “Galha’. o seu toilete compõe-se de cem mentiras pois vivendo em Roma no Rheno enrubesce o seu cabelo. Mas em outra ocasião as palavras do Marcial representam até uma recomendação dizendo: Se você quer trocar os velhos cabelos, grisalhos, não entre porventura calva então tome as priu las dos “Mattiakeros”. Os Mattiakeros eram um povo que vivia ao pé do Taunus (montanha perto do Frankfurt). Também Ovídio, referiu-se ao “Sapo”, e escreveu que considera prejudicial o seu uso para o tratamento do cabelo, provando assim que já naqueles tempos remotos era conhecido o perigo de um conteúdo alcalino, demasiadamente alto de sabão.



Diz-se que, Cleópatra, a genial amiga de César, última rainha do Egito, inventou uma pomada de banha de Urso, para o cabelo, Graças a achados arqueológicos e Relatórios foi possível conhecer as substâncias de tais pomadas antigas: gorduras, resina sorax, cera de abelhas, mas também mel de abelha, César soube sem dúvida apreciar não só o cabelo de sua amiga, untado com banha de urso, como também, era desejo seu, que os soldados se untassem também. O autor das biografias de César, Tuctônio, relata que este grande cabo de guerra costumava orguhar-se de que os seus soldados lutavam bem, quando untados. Queria dizer com isto, que os seus guerreiros, estariam a qualquer altura prontos para lutar mesmo que tivessem de sair no meio de um banquete, ao qual era hábito, assistir com os cabelos e a nuca untados suntuosamente perfumados. Quanto ao homem no início da idade média, é de lamentar que muito pouco se sabe sobre o tratamento do cabelo nesta época. No entanto de quadros e descrições, é-nos permitido deduzir que pelo menos a camada mais categorizada do povo ligou a maior importência a vistosos penteados, tanto para a mulher, como para os homens. No tempo dos Carolíngeos era até comum o uso de entrelaçar com fios de ouro ou de prata os cabelos, fingindo um brilho extraordinário. O exemplo de um avançado tratamento higiênico do cabelo, mediante lavagens, foi-nos legado por um imperador medieval. O boêmio Venceslau, oriundo da casa de Luxemburgo (1364/1419) era adepto da doutrina dos “quatro humores” do médico romano Galeno,e estava convencido de que mediante lavagens regulares da cabeça, seria possível restabelecer “o equilíbrio dos humores” no corpo, e obter boa saúde. Foi ele que tornou honesta a profissão dos antigos barbeiros, conferindo-lhes uma privilégio que lhes permitiam exercer livremente a prática da “lavagem de cabeças’ A sua fiel governanta, Barbara Muffel até foi recompensada graças as excelentes lavagens da cabeça imperial, que executou agradecida com um pedaço de lenho sagrado. Passando do imperador Venceslau para os tempos modernos, podemos verificar com satisfação que os meios de lavar a cabeça e o tratamento do cabelo estão hoje ao alcance de todos os homens civilizados. A cosmética do cabelo, por meio de preparos garantidos e muitas vezes aprovados é hoje absolutamente natural para todos. Os laboratórios de pesquisa esforçam-se constantemente para desenvolver melhores produtos, para todas as necessidades capilares.

SOBRE CABELOS

Os cabelos revelam muitas facetas da pessoa. Principalmente quando a dita é do sexo feminino. Cores e cortes facilitam a leitura do ser, assim como as roupas emolduram o corpo, enunciando significados. A omissão destes artifícios implica na obstrução do ver, inibindo juízos diante dos mistérios que a revelação esconde.

Cabelos são ramificações do “eu” que se derramam no exterior a partir da parte mais sensível do corpo. Dos cinco sentidos de que dispomos para experimentar o mundo, quatro restringem-se à cabeça. E o sexto deve andar por lá também. Apenas o tato é comum a toda pele. Provenientes de local tão visado, os dizeres que melenas ostentam são variados e complexos.



Podem comunicar virilidade e força, como no clássico exemplo do personagem bíblico Sansão. Como sabemos, o pobre é vítima da ardilosa Dalila, que surrupia seus poderes quando tosa-lhe os cachos.

Várias são as crenças que associam o estado monástico com cortes de cabelo. Nestes casos, podem representar uma ruptura com as percepções antigas, auto-imolação [sacrifício de iniciação] ou mesmo o desprendimento no tocante às vaidades.

Raspar a cabeleira também pode atender a alguma necessidade higiênica. Interessantes opiniões skinheads têm a oferecer neste sentido.

Seguindo a linha, podemos mencionar o episódio ocorrido no início do século XIX, envolvendo D. João VI e sua esposa, Carlota Joaquina, quando empreendiam fuga de Portugal rumo às paisagens brasileiras. De acordo com relatos da época, o navio que os transportava viu-se assolado por uma praga de piolhos. Sendo obrigada a raspar a cabeça para conter a propagação dos inconvenientes parasitas, Dona Carlota esconde a careca com lenços e lança moda em Terra Brasilis. Mas Carlota não foi exatamente uma pioneira. Já no Egito antigo a nobreza muitas vezes optava por raspar todo o cabelo e utilizar perucas em seu lugar.



E se o assunto é peruca, a monarquia absolutista sabe muito bem como não ficar para trás. O século XVII adornou muitas cabeças masculinas com perucas brancas e volumosas, enquanto no século seguinte chegou a vez das mulheres extrapolarem: os fios ganharam o complemento de passarinhos empalhados, miniaturas de caravelas e outros tantos, compondo verdadeiras obras arquitetônicas que poderiam chegar a um metro de altura.

Perucas são identidades cambiantes, por isso – em nosso imaginário – muitas vezes vêem-se atreladas à idéia da farsa, do personagem travestido. É complemento artificial [como se os outros não fossem…], o que leva o homem que, de repente, se descobre seduzido por um punhado de cabelos descompromissados a sentir-se ultrajado.

Isto porque cabelos femininos representam, em grande medida, sedução. Pode um homem sentir-se atraído pelo exótico brilho ruivo de misteriosa mulher ou adoecer de amores por nuances castanhas… O preto intenso pode hipnotizar seus sentidos e o loiro… ah, o loiro… Mas deve ser um tanto quanto desestabilizador perceber que o objeto de encanto e conquista não passa de… enfim, mero objeto.

Tamanho é o poder de sedução desta inigualável penugem humana que a história não cansou de passar tesouras a fim de punir prostitutas e adúlteras, além de fragilizar acusadas de bruxaria, como no famoso caso de Joana D´Arc [a donzela francesa, canonizada cinco séculos após tostar na fogueira]. Isto sem mencionar muçulmanos e judeus mais conservadores, que preferem escapar das tentações recomendando o uso de véus.

A História atribuiu aos cabelos o poder feminino de levar tantos homens a perderem o juízo. Nesta lógica, escondê-los é adequado, mas é preciso derrotá-los quando indômitos. Extraí-los equivale à violência de arrancar as presas de um leão. Jogar às ruas mulheres carecas equivale a expô-las à humilhação pública, frisando a verdadeira identidade que supostamente vê-se descoberta.



Mulheres e seus cabelos muitas vezes contam histórias de mal e perdição. Que o diga Medusa, a ninfa que a todos enfeitiçava com seus doces cachos loiros. A bela pagou caro por se meter com quem não devia. Segundo as más línguas, foi a deusa Atena, enciumada, quem transformou a poderosa numa megera de cabelo rebelde. No lugar dos fios, multiplicaram-se cobrinhas nada simpáticas que petrificavam quem as fitasse. Isto sim é que é um estrago. Perto de Medusa, uma cabeça raspada é até consolo.

Alguns dados sobre a histologia da arte do Cabeleireiro.


PENTEADO

Na época de Luiz XIV uma peruca de cabelos humanos, custava de 2.000 a 3.000 francos. Em 1671 uma peruquera francesa inventou um novo tipo de penteado que consistia em pentear com bucles, fortemente enrolá-los e frisá-los em volta da cabeça, a este penteado se deu o nome de Hurluberlu.

A côrte ficou indignada com aquela inovação. A Sra. Sevigne, que em sua carta de 4 de abril daquele ano descrevia de um modo minucioso, como algo pouco inteligente, estava indignada com aquela invenção, mais tarde quando viu a cabeça da Duquesa Sully, a condessa ficou tão entusiasmada com o penteado, que desejou ser penteada da mesma forma. Usava-se também adornar o penteado com flores.

Em 1760, iniciou-se uma variação; o cabelo se levantava sobre a frente formando um alto topete e caía por detrás das orelhas em largos bucles, e caiam macios sobre o colo. Os penteados mais sofisticados requeriam a mão de um cabeleireiro.

O primeiro homem a pentear senhoras em Paris, foi Mr. Frison e compartilhou a celebridade com Sarseneur e Dagé, este último, conhecido especialmente por ter negado a pentear Pompadour.

Segros(Paris) em 1765, publicou uma obra sobre a arte de pentear a cada dama, seguindo-se traços distintos de cada caráter e abrindo ao mesmo tempo uma academia dividida em três partes (classes) aos desejosos de instruir-se nos segredos do ofício, O famoso Segros foi vítima de uma catástrofe em uma festa dada em Paris na ocasião das bodas de Maria Antonieta.

terça-feira, 22 de junho de 2010

PALESTRA POSTURA E ESTILO

Dia: 18/07 - domingo (das 10:00 as 12:00)

Investimento: R$ 120,00

Gisele Yumi Komino, fisioterapeuta, acupunturista, massagista e rpgista, fará no Kami Kami, uma palestra e treinamento para deixar a postura e coluna da melhor forma possível, aliando beleza e elegância. Ela analisará e treinará cada pessoa individualmente.



  
  • Avaliação física rápida: posicionamento de cabeça, ombros e quadril;
  • Marcha correta
  • Andamento com salto
  • Subir e descer escada
  • Como sentar-se
  • Como levantar-se
  • Como manter-se sentada
  • Como manter-se em pé
  • Como carregar bolsa, guarda-chuva, casaco
  • Como vestir e tirar o casaco

Em paralelo, Edna Tomita, visagista, consultora de imagem, hair e make stylist, fará testes para saber seu estilo, formato de corpo e dar algumas dicas para você criar o seu estilo próprio.

  
Trazer: sapato de salto, casaco, bolsa, guarda-chuva, cola e tesoura. Colocar uma roupa de ginástica ou calça e camiseta justa para verificar melhor o corpo.

  
- Se nao houver o número mínimo de 6 pessoas, a palestra será adiada para o mês seguinte. Favor confirmar presença no Kami Kami.

Obrigada e até lá!!!


Contato:
Kami Kami

Rua Baturité, 207 - Aclimação

3277 1549 / 3207 4688 / 9606 4875

domingo, 30 de maio de 2010

As Meninas de Harajuku

PRODUÇÃO DE MODA

Olá pessoal,

Estamos postando uma Matéria sobre modelos japonesas. Vamos mostrar o trabalho que a Edna fez para o seu Curso de Produção de Moda na Sigbol. É como se fosse um editorial de moda.

A Inspiração foi Harajuku (um Lugar onde diferentes Tribos de Tókio se encontram).

Como a escola gostou muito e deixou exposto para todos verem, então achamos legal compartilhar com vocês.

A Matéria também saiu na Revista eletrônica Belezain, na Galeria de Profissionais:

http://www.belezain.com.br/galeria/edna.html

Aqui estão as fotos, esperamos que gostem.














Em Tóquio – Japão existe uma praça chamada Harajuku. Ela se tornou famosa por concentrar vários grupos e tribos. A forma livre de expressão é muito forte e marcante. Podemos verificar nos cabelos, maquiagem e seu modo exageradamente criativo.

Acredita-se que é a falta de liberdade de expressão nas escolas, nos lares, na sociedade em um todo. A criança é muito cobrada para ser a melhor na escola e é muito vergonhoso ter notas baixas. Ainda existem muitos casos de suicídio de pais envergonhados e também de adolescentes que só conseguiram frustrar seus pais.

O bullying também é uma prática muito comum nas escolas. A pessoa que é mais rica ou mais pobre, mais bonita ou mais feia, mais extrovertida ou tímida, mais inteligente ou menos capaz, sofrem humilhações e desprezo dos colegas.

Quando namoram, também não têm a liberdade de abraçar, beijar, demonstrar o seu amor publicamente. A repressão e a timidez se misturam para calar mais um pouco o jovem. Muitas garotas querem ser lolitas. No fundo, uma espécie de bonecas tipo Barbie. Existem vários segmentos de lolitas.

Muitos rapazes se parecem com mulheres. É uma geração que aprecia a bissexualidade. Outros querem parecer bichinhos. Alguns são angelicais e outros machucados.

Embora possam parecer que estão gritando suas verdades, mostrando suas rebeldias, contestando a sociedade com sua imagem, mas na verdade continuam calados.

Teste da Bailarina Girando


Exercitando o Cérebro / Teste da bailarina

Vocês já devem ter visto isso em algum lugar, ou mesmo já ter feito o teste.

E o que isso tem à ver com Visagismo?

Bom, o teste serve para descobrir se a pessoa é mais racional, mais emotiva ou criativa. Uma ferramenta que auxilia ao Visagista á conhecer melhor seus clientes.

O teste consiste em olhar para uma bailarina girando. Mas a pergunta é: Para qual lado gira a bailarina? observe e tenha a resposta logo a baixo.



 
Explicação Científica do Teste:

Se você vê, por mais tempo, a bailarina girar em sentido horário significa que você trabalha mais o lado direito do cérebro. Este hemisfério é responsável pela emoção e criatividade. 
 
O hemisfério esquerdo guarda a nossa parte racional, enquanto o direito é responsável pela nossa emoção e imaginação criativa. Através de técnicas variadas podemos estimular o lado direito do cérebro e buscar a integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso de nossas potencialidades. Uma dessas técnicas consiste em fazer determinados desenhos, de forma não convencional, de modo que o hemisfério esquerdo ache a tarefa enfadonha e desista de exercer o controle total, entregando o cargo ao hemisfério direito que se delicia com o exercício.


Se você não conseguir vê-la girando no sentido horário, relaxe, pense numa situação bem agradável e tente ver novamente. Feche os olhos por alguns instantes, abra-os e tente enxergar a bailarina girando no sentido oposto. Consegue? Se não conseguir, vá dar uma volta, leia outras coisas, depois volte aqui no Blog e veja a bailarina de novo. Constatar que ela pode subitamente girar para o lado oposto é uma surpresa e tanto!Agora, se for o contrário, não consegue vê-la girando no sentido anti-horário concentre-se firmemente como se tivesse um compromisso a cumprir.

Muitos não acreditam que são enganados pelos próprios olhos e sugerem que possa existir algum truque na imagem. A surpresa, claro, é oferecida pelo seu cérebro: esta imagem é uma série de 34 quadros que não mudam de ordem.


O cérebro enxerga movimento onde não há a partir da interpolação entre imagens sucessivas. Assim funcionam o cinema, os desenhos animados e aqueles filminhos que aprendemos a desenhar quando crianças na margem dos cadernos. E assim as 34 imagens da dançarina são interpretadas como cenas sucessivas de uma moça que gira sobre uma perna só. Abaixo você vê a seqüência (os frames) da gif animada.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

CONHECENDO A HISTÓRIA DO VISAGISMO


No final do século XIX, o arquiteto Louis Sullivan estabeleceu um conceito que mudou radicalmente a arquitetura e todas as outras artes aplicadas. Esse conceito é resumido na sua célebre frase "a forma sempre segue a função." Em 1918, a escola de artes Bauhaus foi fundada sobre esse princípio, por Walter Gropius e um influente grupo de artistas, e seus ensinamentos mudaram definitivamente toda a área de artes visuais, desde as Belas Artes ao Design.




Essa frase significa que é preciso pensar para que ou quem a imagem serve, antes de se pensar no que será bonito ou esteticamente agradável. Há casas muita bonitas, mas desconfortáveis, escritórios lindos, mas nada funcionais. Há xícaras belas, mas difíceis de segurar. E vemos cortes e penteados belíssimos, que, mesmo deixando a pessoa bonita, não são adequados. Por exemplo, uma jovem médica pode ficar linda com cabelos esvoaçantes, mas não despertará muita confiança em sua competência.

Quando se pensa primeiro na função, esta determinará como a imagem deve ser criada, para ser adequada, sem deixar de ser bela.



A palavra visagisme, derivada de visage, que, em francês, significa rosto, é o nome que Fernand Aubry criou, em 1937, para a arte de criar uma imagem pessoal personalizada, segundo esse mesmo conceito. É importante ressaltar que o conceito do visagismo existe há milênios. Muitos indivíduos se destacaram por ter uma imagem personalizada e qualquer estilo é primeiro uma manifestação individual. As culturas africanas e muitas indígenas sempre aplicavam esse conceito; a imagem de um indivíduo é criada de acordo com seu guia, um orixá, no caso dos africanos, ou um animal, no caso dos índios americanos. No entanto, nas culturas ocidentais e orientais, a estilização da imagem era uniformizada e seguia padrões estabelecidos por uma elite. No início do século XX, pessoas pertencentes às elites culturais procuravam se diferenciar, pelo estilo, das elites de poder. Como que um artista, com convicções socialistas e uma visão de mundo materialista poderia ter uma imagem semelhante à de um membro duma elite centralizadora, conservadora e católica? Usando sua intuição e sensibilidade artística, Aubry começou a atender essas necessidades.

Pouco se sabe dos seus métodos, porque não deixou nenhum livro, mas a idéia de criar uma imagem despadronizada e personalizada cresceu ao longo do século. Parece claro que a personalização tinha um enfoque estético, harmonizando o cabelo e maquiagem com os traços físicos, e não incluía a expressão da personalidade do cliente, mas, aos poucos, a sociedade se abria à expressão individual, especialmente nos anos 60 em Londres com o trabalho de Vidal Sassoon. Cada vez mais se contestava a imposição da beleza idealizada e falava-se em expressar a “beleza interior”. Nunca foi possível, ao cabeleireiro e ao maquilador, aplicar esse conceito totalmente, porque lhes faltavam algumas informações essenciais, principalmente sobre a linguagem visual, e um método eficaz. Meu livro, Visagismo: harmonia e estética (Ed. Senac-SP) é o primeiro que mostra como essa linguagem se aplica à arte de criar uma imagem pessoal. Com esse conhecimento, o profissional tem mais liberdade de criar, porque não mais depende unicamente de sua intuição e inteligência visual.

Muitas pessoas, ao longo dos últimos 75 anos, foram responsáveis pelo fortalecimento do visagismo.



Friedrich Wilhelm Ostwald (1853-1932), ganhador do prêmio Nobel em química, criou o duplo cone de cor, um sistema que permite classificar as cores com grande precisão. A estrela de cor (Color Star), criada pelo artista e professor da Bauhaus, Johannes Itten (1888-1967), é derivada do duplo cone. Ambos trabalhavam com as teorias de Johann Wolfgang Von Goethe (1749-1832) e o conceito de que a cor tem expressão.



Itten também descobriu que havia uma relação entre as cores que seus alunos usavam e a cor da pele. Ele percebeu que cada aluno pintava com uma determinada cor mais do que outra e que essa cor se assemelhava à cor da sua pele e tinha relação com seu temperamento. Por exemplo, quem pintava com cores quentes, tinha um tom de pele quente e uma personalidade emotiva.

Isso levou Robert Dorr a criar o Color Key System, que revolucionou a indústria de cosméticos, por classificar as peles em quentes ou frias. Suzanne Caygill (1911-1994) fez a mais profunda pesquisa de cores de pele, identificando 32 tipos, nos anos 40 e criou a Suzanne Caygill Academy of Color e escreveu Color: The Essence of You (Celestial Arts, Millbrae USA, 1980), infelizmente fora de catálogo. Para simplificar o uso da cor e identificar o tipo de pele, desde então as peles estão classificadas em quatro "estações": primavera, verão, outono e inverno, como explica o livro de Berenice Kentner Color Me A Season.

Quem mais difundiu o conceito do visagismo nos últimos anos foi Claude Juillard, co-autor do livro Formes et Couleurs (Solar, Paris, 1999), com Brigitte Gautier, mas antes dele, várias outras pessoas se dedicaram a manter esse conceito vivo. Foi o primeiro a criar um método, baseado na análise do comportamento (linguagem corporal) e nas características físicas. Foi um avanço grande, mas ainda limitado à percepção de como uma pessoa está e não de quem ela é.



No entanto, o ensino do visagismo tem se restringido à identificação dos formatos (formes) do rosto e dos tons de pele (couleurs). A linguagem visual e a análise da personalidade são abordadas de maneira intuitiva e, infelizmente, há uma tendência de padronizar as soluções. Tive acesso a várias apostilas de cursos de visagismo que estabelecem regras, quando investigam as soluções. (Por exemplo, sentenciam: num rosto retangular ou quadrado, nunca se deve usar linhas verticais ou horizontais.) Isso revela que continuam abordando a construção da imagem pessoal exclusivamente pela estética (a forma), sem a análise da função.

Quanto a essa regra, vale dizer que, embora linhas verticais e horizontais endureçam rostos retangulares e quadrados, há ocasiões quando isso é desejável, como nas Forças Armadas.

Portanto, muitos vêem o visagismo meramente como uma técnica, baseado em regras que levam de novo a uma padronização e, por isso, o rejeitam.

Para mim, o visagismo é um conceito, que só pode ser aplicado a partir de uma consultoria e com conhecimento profundo da linguagem visual, sabendo analisar tanto as características físicas (formas de rostos, tons de peles e feições) quanto à personalidade, e liberando a criatividade, sem se prender a fórmulas ou regras.

O livro Visagismo: harmonia e estética é ainda o único sobre o assunto no mundo. Estabelece as bases da individualização da imagem pessoal de acordo com a personalidade, estilo de vida, posição social e características físicas. Explica o funcionamento da linguagem visual, como entender o que uma imagem expressa e como identificar as características físicas de uma pessoa. Em 2009 lançarei o segundo, Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza,também pela Editora Senac São Paulo, em que explico como exercer a arte do visagismo utilizando o método que criei.

Esse método foi criado a partir da associação de conhecimentos de quatro áreas de estudo científico: a linguagem visual, a psicologia, a ciência cognitiva e a antropologia. Na área da psicologia engloba a teoria de símbolos arquetípicos, do psicólogo Carl Jung, estudos sobre identidade, personalidade e temperamento, e técnicas de indução à reflexão e à criação de conceitos, desenvolvidos para estimular a criatividade. A identificação dos símbolos arquetípicos nas estruturas da imagem pessoal – nos formatos do rosto das feições e do formato do cabelo e nas linhas que compõem as feições da face e os cabelos – permite fazer uma leitura do que a imagem pessoal como um todo expressa e o que a face revela do temperamento. Trabalhos na área da ciência cognitiva, vistas à luz dessa percepção, indicam que imagens provocam reações emocionais, antes que possam ser analisadas racionalmente, o que explica porque a imagem pessoal tem tanta influência na auto-estima, no comportamento, no estado psicológico e emocional e nas relações com outras pessoas.

O visagista, que trabalha com meu método, usa essa leitura para fazer a consultoria e ajudar seu cliente a estabelecer uma intenção para sua imagem.

Profissionais de diversas áreas podem usar esse método e aplicar o visagismo nos seus trabalhos. Isso já acontece na odontologia estética, na medicina estética, na moda, no design de interiores e na arquitetura, na psicologia do trabalho e no gerenciamento de equipes.


Informações do site: www.visagismo.com.br

Para conhecer mais sobre atendimento personalizado com foco em Visagismo visitem meu Site: http://www.chrysalisvisagismo.com/

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tipos de rímel




As máscaras para cílios são praticamente essenciais na maquiagem de qualquer menina. Elas têm diferentes texturas, formatos de cerdas, efeitos… Conheça todos as opções e escolha o melhor pra você!


Tipos de rímel






  • Preto: o mais básico de todos. Sempre dá um up no olhar e escurece os fios. (Rímel Shiseido)
  • Tubular (tube mascara): com fibras e muita tecnologia, ele cria uma espécie de tubo em volta de cada cílio e, por isso, dura mais, alonga e dá volume. (Rímel double extension L`oreal) 
  • Marrom: escurece os fios, mas deixa o olhar mais leve e natural do que o rímel preto. Indicado para meninas com a pele e os cabelos muito claros. (Rímel Marcelo Beauty)
  • Transparente: o mais discreto de todos, serve para modelar e dar textura aos fios. Também pode ser usado para pentear a sobrancelha e deixá-la bem definida. (Rímel Avon Color Trend)
  • Coloridos: cores como o roxo, verde e azul criam um look diferente e divertido para os olhos. O legal é passar várias camadas só do rímel colorido – nada de preto por baixo. (Rímel NYX)
  • Com um lado branco e outro preto: indicado para meninas com poucos cílios, já eu a parte branca serve para aumentar o volume. Aplique uma camada do rímel branco, espere secar um pouco e depois finalize com o rímel preto. (Duo máscara volume e força O Boticário)
  • À prova d’água: é mais difícil de passar mas se fixa por horas, firme e forte. A melhor maneira de removê-lo é com demaquilante à base de óleo. E cuidado: os cílios ficam muito duros e podem se quebrar facilmente. (Rímel Capricho O Boticário)



Tipos de aplicadores






  • De cerdas curtas e grossas: retêm o produto entre as cerdas e aumentam o volume dos fios. (Rímel Shiseido)
  • De cerdas finas e duras: quase como um pente, elas alongam os cílios sem que se formem “gomos”. (Rímel Natura Diversa) 
  • De cerdas bem separadas: deixam os cílios mais soltos e bem penteados. (Rímel Bourjois)
  • De cerdas alternadas: definem beeem os cílios, por isso é indicado para quem tem fios ralos e curtos. (Rímel Natura Única)
  • Escovinha: o modelo mais tradicional, perfeito para dar volume aos fios. (Máscara extra volume O Boticário)
  • Pente: mais recentes, os aplicadores em pente têm a função de pentear os cílios enquanto se aplica o produto. Os fios se alongam, ficam definidos e não grudam uns nos outros. (Rímel Bourjois)
  • Escovinha + pente: a junção dos dois tipos só podia ser para... alongar e dar volume, ao mesmo tempo! Geralmente, esse aplicador tem um lado com cerdas mais grossas, para dar volume, e outro com o pente, mais durinho, que alonga. (Rímel Luxurious Lenghts Revlon)
  • Escova em formato “C”: indicado para quem tem os cílios caidinhos, já que ajuda a curvá-los para cima. (Rímel Virtuôse, da Lancôme) 
  • Em forma de “ouriço”: esse aplicador, super diferente, permite que você passe o produto em qualquer ângulo, do jeito que bem entender. Assim nenhum cílio de fora. (Rímel Phenomen`eyes, da Givenchy)
  • Cerdas coloridas: servem para que você veja, ali, se o produto está ressecado ou acabando. Se você consegue ver a cor do aplicador, é porque a hora de trocar de rímel já chegou! (Rímel Tracta)

  
Cuidados básicos:

A vida útil de um rímel é de 3 a 6 meses, no máximo. Uma vez aberto, o rímel atrai muitas bactérias, como a da conjuntivite. Se você sentir coceira, ardência ou os olhos lacrimejando, desconfie do seu rímel: não tenha dó de jogá-lo fora e trocá-lo por um novo.



retirado do site: caprichanomake

domingo, 21 de março de 2010

Pincéis de maquiagem: para que serve cada um



PELE



Para passar base

Como é: Tem formato chato e fino para espalhar por igual tanto a base cremosa quanto a líquida.






Como usar: Coloque um pouco de base nas costas da mão e molhe apenas a ponta das cerdas. Espalhe na parte central do rosto (nariz, queixo, bochechas), puxando sempre o produto para as laterais e dando batidas com o pincel para a cobertura ficar mais uniforme. Depois, passe nas outras regiões, com movimentos contínuos do centro para as extremidades do rosto, para espalhar bem o produto. A pele fica com um efeito aveludado.





Para passar corretivo

Como é: achatado, fino e menor do que o pincel de base. Quadradinho ou com as extremidades estreitas, ajuda a camuflar olheiras com precisão.








Como usar: passe corretivo nas olheiras, abas do nariz, em volta da boca e no arco da sobrancelha. Dê leves batidinhas com o pincel até deixar uma camada fina do produto – assim seu rosto não vai ficar com manchas desiguais do produto.





Para passar pó


Como é: deve ter muitos pelos e ser redondo para poder cobrir de uma só vez as áreas maiores do rosto. Os compactos, com cabo pequeno, facilitam a aplicação do produto no pescoço e colo.





Como usar: com movimentos de vaivém, passe o pincel na zona T do rosto – o centro da testa, as laterais do nariz, sob os olhos e o centro do queixo são lugares que sempre pedem uma aplicação de pó para disfarçar a oleosidade. Para não errar na dose, encoste o pincel no pó, dê uma batidinha na mão ou assopre de leve para tirar o excesso.



Para passar blush


Como é: com cerdas arredondadas ou chanfrado (este é o mais indicado para marcar as maçãs do rosto).





Como usar: passe o pincel partindo das maçãs do rosto (dar um sorrisinho ajuda a encontrar o local certo) em direção às orelhas. Se quiser um look estilo boneca, faça movimentos circulares nas maçãs do rosto. Para o make ficar mais natural, retire o excesso de produto do pincel com um sopro, antes de aplicar.






OLHOS

Para passar a primeira camada de sombra

Como é: com espuma (melhor para aplicar sombras com glitter) ou de cerdas achatadas.






Como usar: como fiz o produto mas não dá muita definição, é ideal para passar a primeira camada de sombra. Na hora de aplicar uma sombra escura, use as bordas do pincel para sombrear o côncavo dos olhos e suavizar o make.





Para esfumar a sombra


Como é: com cerdas fofinhas e formato oval.






Como usar: faça movimentos curtos e leves de vaivém, para deixar a sombra bem natural.





Para delinear pálpebra, corrigir sobrancelha e contornar linha dos cílios

Como é: tem cerdas finas e bem durinhas (é chamado de pincel chanfrado).





Como usar: para delinear, umedeça a ponta do pincel chanfrado, passe na sombra e faça um traço grosso rente aos cílios. Use a versão com cerdas cortadas na diagonal para puxar o traço de sombra para o canto externo dos olhos.





Para fazer um traço bem fino na linha dos cílios e criar efeito de delineador cremoso

Como é: tem a ponta superfina e com as cerdas bem juntas.






Como usar: desenhe uma linha com lápis da mesma cor do seu delineador rente aos cílios. Depois, cubra o traço com o pincel.






BOCA


Para pintar os lábios

Como é: o de cerdas bem finas e juntas é ideal para fazer o contorno dos lábios. O de cerdas um pouco mais grossas e um pouco maiores é melhor para espalhar o batom.






Como usar: passe o pincel mais fino no batom, desenhe primeiro o V no lábio superior, faça um traço no meio do contorno dos lábios inferiores e então vá contornando a linha dos lábios em direção às extremidades, em cima e embaixo. Com o pincel mais grosso, preencha os lábios.






Como limpar seus pincéis

Lave-os com um shampoo neutro. Seque com papel toalha ou um lenço umedecido e NUNCA guarde os pincéis sem que as cerdas estejam completamente secas. A lavagem pode ser feita a cada 15 dias.


Retirado do Site da: Capricho