domingo, 29 de maio de 2011

Curiosidades Interessantes Sobre Cabelos

Os nativos de Fiji, têm cabelos crespos e negros que penteiam das formas mais extravagantes, que variam de acordo com a região. Às vezes branqueiam com cal ou os tingem com amarelo ou alaranjado.

Entre alguns ilhéus do Pacífico Sul, o cabeleireiro que penteia os cabelos do chefe, não pode pentear a mais ninguém, pois o seu trabalho é tido como sagrado. O trabalho por ser demorado, torna-se necessário, que alguém lhe dê de comer. Cada mecha recebe um tratamento especial e finalmente a enorme cabeleira, toma vulto. O comprimento do cabelo é de um metro de ambos os lados. Para não desmanchar a obra de arte, o infeliz dorme com a nuca apoiada sobre um pedaço de pau.

Em Kyoto no Japão, existe um templo maravilhoso. Os Materiais empregados em sua construção foram arrastados através das montanhas por cordas feitas de cabelo humano, oferecidas por mulheres devotas. Isto deve ter custado sacrifícios incríveis, pois o cabelo é o principal adorno da japonesa. Afirmam que as cordas de cabelo humano são tão velhas quanto às civilizações.

Corda de cabelo em Kyoto

Os romanos introduziram na europa a moda do cabelo cortado, pois os gauleses e britânicos não cortavam o cabelo nem a barba.

Os cabelos loiros dos saxônicos eram longos e repartidos ao meio, e a barba terminava em duas pontas.

Depois da conquista normanda da Inglaterra, os normandos abandonaram o hábito de rasparem a cabeça, imitaram o estilo do penteado em uso no país conquistado. Talvez isto tenha ocorrido, pelo fato de naqueles tempos, o cabelo cortado servir para identificar escravos.


A herança militar romana vive



Todos os anos milhões de jovens ao redor do mundo ingressam na vida militar, como voluntários ou conscritos, servindo a todo tipo de regime e continuando as mais diversas tradições militares. Porém, uma coisa todos têm em comum: o ritual de cortar os cabelos, significando o abandono de sua individualidade e a adesão a algo maior que eles mesmos. O que nenhum deles imagina é que esse ritual remonta aos romanos e tinha razão prática: o corte raspado, curto impedia que o inimigo agarrasse pelos cabelos no combate corpo-a-corpo.


Sociedade no antigo Egito



Homens e mulheres usavam adornos, como pulseiras, anéis e brincos. Estes adornos continham pedras preciosas e frequentemente amuletos, dado que os Egípcios eram um povo supersticioso, que acreditava por exemplo na existência de dias nefastos. Os dois sexos usavam também maquiagem, que não cumpria apenas funções estéticas, mas também higiênicas. As pinturas para os olhos eram de cor verde (malaquite) e negra. Óleos e cremes eram aplicados sobre o cabelo e a pele como forma de hidratação num clima seco e quente. Alguns egípcios raspavam completamente o cabelo (para evitar piolhos) e usavam perucas  ricamente ornamentadas e os faraós usavam ricas coroas de variadas formas.


Os cabelos na história do homem


A cabeleira humana parece ter se tornado, com a evolução, uma espécie de acessório fútil ou inútil do corpo humano do ponto de vista funcional. Mas, não é bem assim! Os cabelos conservam a função fundamental de emoldurar o rosto, servindo como cartão de apresentação pessoal de cada indivíduo.

Através de diferentes penteados, os cabelos nos permitem modificar o nosso aspecto exterior. Um corte ou um penteado inadequado podem transformar-se em uma tragédia (e isto é hoje reconhecido até pela Lei, visto que um cabeleireiro que erre, poderá ser denunciado por negligência e incapacidade profissional).

Com o “corte” certo, é possível, ao indivíduo comum, afirmar as suas próprias raízes, o seu próprio sexo, transmitir o próprio credo religioso, desafiar os professores, fazer novos amigos, provocar um escândalo, encontrar a alma gêmea, opor-se às convenções sociais e até mesmo ser posto para fora do emprego...


"O comprimento dos cabelos é o sinal visível da autoridade do Chefe, assim como os cabelos são elementos essenciais à “dignidade” de um Rei”.

Uma antiga receita egípcia contra a calvície sinistra

Todos os povos da Terra, em todas as épocas, elaboraram complexos códigos de penteados variados com a tarefa de exprimir cada etapa de suas vidas, bem como, comunicar aos demais os seus respectivos papeis, seus status e as suas identidades culturais.


A história do homem é, por assim dizer, também a história do culto e do desprezo aos cabelos. Os romanos, por exemplo, pelavam a cabeça dos indivíduos considerados hierarquicamente inferiores (prisioneiros, escravos, traidores) para assim assinalar a condição de subordinados dos mesmos; os franceses, após a liberação da França, no pós-guerra, recorriam à mesma prática em relação às colaboradoras e companheiras dos alemães; os antigos egípcios se tornaram famosos pelo uso de perucas e pelos cultos relativos ao corte de cabelos, visto que temiam que estes pudessem ser usados para eventuais bruxarias; o Rei-sol francês era noto por suas extravagantes e longas perucas ás quais usava como símbolo de luxo e esplendor; o uso da tonsura clerical do cristianismo antigo tinha por fim tornar os monges menos atraentes sexualmente; já para os monges orientais, o crânio raspado se constitui símbolo de castidade; enquanto, para os primitivos sacerdotes das tribos da África Ocidental os cabelos seriam a sede de Deus, fato que talvez explique porque o mítico Sansão do Antigo Testamento tinha sua invencibilidade ligada a sua vasta cabeleira; os Masai, ainda hoje, possuem a magia de “fazer chover”;mas, para que En-Kai (deus da chuva) escute as suas preces não devem cortar nem a barba nem os cabelos.

Os cabelos são um meio de expressão real e, sabendo-os ler, podem revelar até mesmo aquilo que às vezes queremos esconder como a nossa idade, a etnia à qual pertencemos, o nosso credo político ou o nosso grau de instrução. Basta pensarmos ao fato de que, por exemplo, os jornalistas televisivos de todo o mundo usam o mesmo penteado anônimo por acreditarem que com o mesmo adquirem credibilidade.


Cabelos e Personalidade

Mas, tudo isto é ainda redutivo e não basta para explicar o fato de que desde sempre, al longo da história das civilizações, a cabeleira tenha representado um elemento fundamental da personalidade humana, sustentáculo da beleza, do fascínio, da sedução e, às vezes, até mesmo do poder e da força... e de como, nos dias atuais, a mesma cabeleira possa conservar ainda um profundo valor simbólico. O fato é que estamos ancestralmente habituados a considerarmos os cabelos como um “atributo sexual” e, se os cabelos não existem mais, podemos viver esta “condição” como uma regressão a um estado semelhante aquele infantil, no qual os sexos e os papeis a serem desempenhados, com os conseqüentes direitos e poderes que estes comportam, não estão ainda bem diferenciados.

A perda dos cabelos é, portanto inconscientemente vivida como uma espécie de castração, uma perda da virilidade, da força (mito de Sansão), da juventude, da masculinidade ou da feminilidade do indivíduo.