domingo, 30 de maio de 2010

As Meninas de Harajuku

PRODUÇÃO DE MODA

Olá pessoal,

Estamos postando uma Matéria sobre modelos japonesas. Vamos mostrar o trabalho que a Edna fez para o seu Curso de Produção de Moda na Sigbol. É como se fosse um editorial de moda.

A Inspiração foi Harajuku (um Lugar onde diferentes Tribos de Tókio se encontram).

Como a escola gostou muito e deixou exposto para todos verem, então achamos legal compartilhar com vocês.

A Matéria também saiu na Revista eletrônica Belezain, na Galeria de Profissionais:

http://www.belezain.com.br/galeria/edna.html

Aqui estão as fotos, esperamos que gostem.














Em Tóquio – Japão existe uma praça chamada Harajuku. Ela se tornou famosa por concentrar vários grupos e tribos. A forma livre de expressão é muito forte e marcante. Podemos verificar nos cabelos, maquiagem e seu modo exageradamente criativo.

Acredita-se que é a falta de liberdade de expressão nas escolas, nos lares, na sociedade em um todo. A criança é muito cobrada para ser a melhor na escola e é muito vergonhoso ter notas baixas. Ainda existem muitos casos de suicídio de pais envergonhados e também de adolescentes que só conseguiram frustrar seus pais.

O bullying também é uma prática muito comum nas escolas. A pessoa que é mais rica ou mais pobre, mais bonita ou mais feia, mais extrovertida ou tímida, mais inteligente ou menos capaz, sofrem humilhações e desprezo dos colegas.

Quando namoram, também não têm a liberdade de abraçar, beijar, demonstrar o seu amor publicamente. A repressão e a timidez se misturam para calar mais um pouco o jovem. Muitas garotas querem ser lolitas. No fundo, uma espécie de bonecas tipo Barbie. Existem vários segmentos de lolitas.

Muitos rapazes se parecem com mulheres. É uma geração que aprecia a bissexualidade. Outros querem parecer bichinhos. Alguns são angelicais e outros machucados.

Embora possam parecer que estão gritando suas verdades, mostrando suas rebeldias, contestando a sociedade com sua imagem, mas na verdade continuam calados.

Teste da Bailarina Girando


Exercitando o Cérebro / Teste da bailarina

Vocês já devem ter visto isso em algum lugar, ou mesmo já ter feito o teste.

E o que isso tem à ver com Visagismo?

Bom, o teste serve para descobrir se a pessoa é mais racional, mais emotiva ou criativa. Uma ferramenta que auxilia ao Visagista á conhecer melhor seus clientes.

O teste consiste em olhar para uma bailarina girando. Mas a pergunta é: Para qual lado gira a bailarina? observe e tenha a resposta logo a baixo.



 
Explicação Científica do Teste:

Se você vê, por mais tempo, a bailarina girar em sentido horário significa que você trabalha mais o lado direito do cérebro. Este hemisfério é responsável pela emoção e criatividade. 
 
O hemisfério esquerdo guarda a nossa parte racional, enquanto o direito é responsável pela nossa emoção e imaginação criativa. Através de técnicas variadas podemos estimular o lado direito do cérebro e buscar a integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso de nossas potencialidades. Uma dessas técnicas consiste em fazer determinados desenhos, de forma não convencional, de modo que o hemisfério esquerdo ache a tarefa enfadonha e desista de exercer o controle total, entregando o cargo ao hemisfério direito que se delicia com o exercício.


Se você não conseguir vê-la girando no sentido horário, relaxe, pense numa situação bem agradável e tente ver novamente. Feche os olhos por alguns instantes, abra-os e tente enxergar a bailarina girando no sentido oposto. Consegue? Se não conseguir, vá dar uma volta, leia outras coisas, depois volte aqui no Blog e veja a bailarina de novo. Constatar que ela pode subitamente girar para o lado oposto é uma surpresa e tanto!Agora, se for o contrário, não consegue vê-la girando no sentido anti-horário concentre-se firmemente como se tivesse um compromisso a cumprir.

Muitos não acreditam que são enganados pelos próprios olhos e sugerem que possa existir algum truque na imagem. A surpresa, claro, é oferecida pelo seu cérebro: esta imagem é uma série de 34 quadros que não mudam de ordem.


O cérebro enxerga movimento onde não há a partir da interpolação entre imagens sucessivas. Assim funcionam o cinema, os desenhos animados e aqueles filminhos que aprendemos a desenhar quando crianças na margem dos cadernos. E assim as 34 imagens da dançarina são interpretadas como cenas sucessivas de uma moça que gira sobre uma perna só. Abaixo você vê a seqüência (os frames) da gif animada.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

CONHECENDO A HISTÓRIA DO VISAGISMO


No final do século XIX, o arquiteto Louis Sullivan estabeleceu um conceito que mudou radicalmente a arquitetura e todas as outras artes aplicadas. Esse conceito é resumido na sua célebre frase "a forma sempre segue a função." Em 1918, a escola de artes Bauhaus foi fundada sobre esse princípio, por Walter Gropius e um influente grupo de artistas, e seus ensinamentos mudaram definitivamente toda a área de artes visuais, desde as Belas Artes ao Design.




Essa frase significa que é preciso pensar para que ou quem a imagem serve, antes de se pensar no que será bonito ou esteticamente agradável. Há casas muita bonitas, mas desconfortáveis, escritórios lindos, mas nada funcionais. Há xícaras belas, mas difíceis de segurar. E vemos cortes e penteados belíssimos, que, mesmo deixando a pessoa bonita, não são adequados. Por exemplo, uma jovem médica pode ficar linda com cabelos esvoaçantes, mas não despertará muita confiança em sua competência.

Quando se pensa primeiro na função, esta determinará como a imagem deve ser criada, para ser adequada, sem deixar de ser bela.



A palavra visagisme, derivada de visage, que, em francês, significa rosto, é o nome que Fernand Aubry criou, em 1937, para a arte de criar uma imagem pessoal personalizada, segundo esse mesmo conceito. É importante ressaltar que o conceito do visagismo existe há milênios. Muitos indivíduos se destacaram por ter uma imagem personalizada e qualquer estilo é primeiro uma manifestação individual. As culturas africanas e muitas indígenas sempre aplicavam esse conceito; a imagem de um indivíduo é criada de acordo com seu guia, um orixá, no caso dos africanos, ou um animal, no caso dos índios americanos. No entanto, nas culturas ocidentais e orientais, a estilização da imagem era uniformizada e seguia padrões estabelecidos por uma elite. No início do século XX, pessoas pertencentes às elites culturais procuravam se diferenciar, pelo estilo, das elites de poder. Como que um artista, com convicções socialistas e uma visão de mundo materialista poderia ter uma imagem semelhante à de um membro duma elite centralizadora, conservadora e católica? Usando sua intuição e sensibilidade artística, Aubry começou a atender essas necessidades.

Pouco se sabe dos seus métodos, porque não deixou nenhum livro, mas a idéia de criar uma imagem despadronizada e personalizada cresceu ao longo do século. Parece claro que a personalização tinha um enfoque estético, harmonizando o cabelo e maquiagem com os traços físicos, e não incluía a expressão da personalidade do cliente, mas, aos poucos, a sociedade se abria à expressão individual, especialmente nos anos 60 em Londres com o trabalho de Vidal Sassoon. Cada vez mais se contestava a imposição da beleza idealizada e falava-se em expressar a “beleza interior”. Nunca foi possível, ao cabeleireiro e ao maquilador, aplicar esse conceito totalmente, porque lhes faltavam algumas informações essenciais, principalmente sobre a linguagem visual, e um método eficaz. Meu livro, Visagismo: harmonia e estética (Ed. Senac-SP) é o primeiro que mostra como essa linguagem se aplica à arte de criar uma imagem pessoal. Com esse conhecimento, o profissional tem mais liberdade de criar, porque não mais depende unicamente de sua intuição e inteligência visual.

Muitas pessoas, ao longo dos últimos 75 anos, foram responsáveis pelo fortalecimento do visagismo.



Friedrich Wilhelm Ostwald (1853-1932), ganhador do prêmio Nobel em química, criou o duplo cone de cor, um sistema que permite classificar as cores com grande precisão. A estrela de cor (Color Star), criada pelo artista e professor da Bauhaus, Johannes Itten (1888-1967), é derivada do duplo cone. Ambos trabalhavam com as teorias de Johann Wolfgang Von Goethe (1749-1832) e o conceito de que a cor tem expressão.



Itten também descobriu que havia uma relação entre as cores que seus alunos usavam e a cor da pele. Ele percebeu que cada aluno pintava com uma determinada cor mais do que outra e que essa cor se assemelhava à cor da sua pele e tinha relação com seu temperamento. Por exemplo, quem pintava com cores quentes, tinha um tom de pele quente e uma personalidade emotiva.

Isso levou Robert Dorr a criar o Color Key System, que revolucionou a indústria de cosméticos, por classificar as peles em quentes ou frias. Suzanne Caygill (1911-1994) fez a mais profunda pesquisa de cores de pele, identificando 32 tipos, nos anos 40 e criou a Suzanne Caygill Academy of Color e escreveu Color: The Essence of You (Celestial Arts, Millbrae USA, 1980), infelizmente fora de catálogo. Para simplificar o uso da cor e identificar o tipo de pele, desde então as peles estão classificadas em quatro "estações": primavera, verão, outono e inverno, como explica o livro de Berenice Kentner Color Me A Season.

Quem mais difundiu o conceito do visagismo nos últimos anos foi Claude Juillard, co-autor do livro Formes et Couleurs (Solar, Paris, 1999), com Brigitte Gautier, mas antes dele, várias outras pessoas se dedicaram a manter esse conceito vivo. Foi o primeiro a criar um método, baseado na análise do comportamento (linguagem corporal) e nas características físicas. Foi um avanço grande, mas ainda limitado à percepção de como uma pessoa está e não de quem ela é.



No entanto, o ensino do visagismo tem se restringido à identificação dos formatos (formes) do rosto e dos tons de pele (couleurs). A linguagem visual e a análise da personalidade são abordadas de maneira intuitiva e, infelizmente, há uma tendência de padronizar as soluções. Tive acesso a várias apostilas de cursos de visagismo que estabelecem regras, quando investigam as soluções. (Por exemplo, sentenciam: num rosto retangular ou quadrado, nunca se deve usar linhas verticais ou horizontais.) Isso revela que continuam abordando a construção da imagem pessoal exclusivamente pela estética (a forma), sem a análise da função.

Quanto a essa regra, vale dizer que, embora linhas verticais e horizontais endureçam rostos retangulares e quadrados, há ocasiões quando isso é desejável, como nas Forças Armadas.

Portanto, muitos vêem o visagismo meramente como uma técnica, baseado em regras que levam de novo a uma padronização e, por isso, o rejeitam.

Para mim, o visagismo é um conceito, que só pode ser aplicado a partir de uma consultoria e com conhecimento profundo da linguagem visual, sabendo analisar tanto as características físicas (formas de rostos, tons de peles e feições) quanto à personalidade, e liberando a criatividade, sem se prender a fórmulas ou regras.

O livro Visagismo: harmonia e estética é ainda o único sobre o assunto no mundo. Estabelece as bases da individualização da imagem pessoal de acordo com a personalidade, estilo de vida, posição social e características físicas. Explica o funcionamento da linguagem visual, como entender o que uma imagem expressa e como identificar as características físicas de uma pessoa. Em 2009 lançarei o segundo, Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza,também pela Editora Senac São Paulo, em que explico como exercer a arte do visagismo utilizando o método que criei.

Esse método foi criado a partir da associação de conhecimentos de quatro áreas de estudo científico: a linguagem visual, a psicologia, a ciência cognitiva e a antropologia. Na área da psicologia engloba a teoria de símbolos arquetípicos, do psicólogo Carl Jung, estudos sobre identidade, personalidade e temperamento, e técnicas de indução à reflexão e à criação de conceitos, desenvolvidos para estimular a criatividade. A identificação dos símbolos arquetípicos nas estruturas da imagem pessoal – nos formatos do rosto das feições e do formato do cabelo e nas linhas que compõem as feições da face e os cabelos – permite fazer uma leitura do que a imagem pessoal como um todo expressa e o que a face revela do temperamento. Trabalhos na área da ciência cognitiva, vistas à luz dessa percepção, indicam que imagens provocam reações emocionais, antes que possam ser analisadas racionalmente, o que explica porque a imagem pessoal tem tanta influência na auto-estima, no comportamento, no estado psicológico e emocional e nas relações com outras pessoas.

O visagista, que trabalha com meu método, usa essa leitura para fazer a consultoria e ajudar seu cliente a estabelecer uma intenção para sua imagem.

Profissionais de diversas áreas podem usar esse método e aplicar o visagismo nos seus trabalhos. Isso já acontece na odontologia estética, na medicina estética, na moda, no design de interiores e na arquitetura, na psicologia do trabalho e no gerenciamento de equipes.


Informações do site: www.visagismo.com.br

Para conhecer mais sobre atendimento personalizado com foco em Visagismo visitem meu Site: http://www.chrysalisvisagismo.com/